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Estas 3 Varejistas Estão Mais Vulneráveis às Catástrofes no RS, Diz Genial

Com os estragos causados pela recente catástrofe no Rio Grande do Sul, que resultou em mortes, feridos, desabrigados e afetou diversas cadeias produtivas, três companhias varejistas listadas na bolsa de valores brasileira estão entre as mais impactadas: Panvel, Grupo Carrefour e Lojas Renner. Essa análise foi destacada pela Genial Investimentos em um relatório divulgado aos clientes e ao mercado.

Embora as três empresas pertençam ao setor de varejo, os impactos tendem a variar. “Acreditamos que, neste primeiro momento, o bolso do consumidor estará comprometido com a compra de produtos de primeira necessidade – o que deve suavizar o impacto em empresas como a Panvel e o Carrefour”, afirmam os analistas da Genial.

A Genial também lembra que, assim como ocorreu durante a pandemia, a retomada das operações pode inicialmente aumentar o volume de vendas, dependendo do setor. “Assim como no setor farmacêutico, o impacto no varejo alimentar tende a ser menor do que em empresas de consumo discricionário, pois este segmento comercializa produtos essenciais (alimentos e bebidas)”, observa a Genial.

Panvel (BVMF)

A Panvel possui a maior exposição ao estado gaúcho, com cerca de 67% das vendas da companhia originadas no RS, segundo estimativas da Genial. Atualmente, 18 lojas permanecem fechadas, e o principal impacto esperado no segundo trimestre deve ser mais significativo na margem operacional do que no faturamento bruto, com menor crescimento da receita.

O lucro operacional deve sofrer devido à queda drástica no faturamento do atacado, enquanto produtos de higiene podem ajudar a manter a margem bruta. Além disso, maiores despesas com vendas estão previstas, incluindo a antecipação do 13º salário para colaboradores e aumento de gastos logísticos.

Carrefour (BVMF)

O Grupo Carrefour Brasil é uma das empresas com maior exposição ao estado gaúcho, com 99 lojas no Rio Grande do Sul e uma fatia de 9% das vendas brutas originadas na região. Sete lojas precisaram ser temporariamente fechadas devido ao desastre, todas com seguro contra danos materiais e lucros cessantes.

“O nosso cenário-base é que as lojas permaneçam fechadas por 21 dias, implicando um aumento de 25% no fluxo para as outras lojas do RS. Isso resultaria em um crescimento de 4,2% na receita bruta do grupo, em relação ao mesmo período de 2023”, avalia a Genial.

Lojas Renner (BVMF)

A varejista de vestuário é a segunda mais exposta ao estado, conforme a cobertura da Genial. Nascida no Rio Grande do Sul, a Renner possui 75 lojas no estado (57 da bandeira Renner, 7 Camicado e 11 Youcom), com 13% da receita líquida do varejo da companhia vindo do RS.

Como o consumo de vestuário não é considerado essencial, o desastre tende a impactar mais a Renner. Os analistas estimam uma queda anual de 4,9% na receita líquida total do varejo no segundo trimestre.

A perspectiva é de desaceleração nas vendas e aumento das despesas operacionais, incluindo antecipação de férias, 13º salário e depósito emergencial – o que, segundo a Genial, pode “dar um duplo golpe na margem EBITDA (não ajustada) e no lucro neste trimestre”.

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