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Dólar recua 0,89% para R$ 5,2508 com movimento de correção e alta de commodities

O dólar apresentou uma queda de 0,89% e encerrou a sessão cotado a R$ 5,2508, impulsionado por um movimento de correção e pela alta dos preços das commodities.

O valor do dólar americano caiu 0,89% em relação ao real brasileiro, fechando em R$ 5,2508 na sessão de quinta-feira. Essa queda foi influenciada pelo movimento de correção e pela alta nos preços das commodities. Os operadores atribuem essa mudança à perda de valor da moeda americana no exterior e à internalização de recursos por parte de exportadores para aproveitar as cotações mais altas.

Após uma breve subida pela manhã, quando alcançou R$ 5,31, o dólar à vista operou em baixa no restante da sessão, com um mínimo de R$ 5,2414.

Na quarta-feira, as posições compradas de estrangeiros em derivativos cambiais atingiram um recorde histórico, superando US$ 73 bilhões.

O real brasileiro se destacou entre as divisas emergentes e de exportadores de commodities mais relevantes. O peso chileno também avançou, impulsionado pelo aumento do preço do cobre. Já o peso mexicano, que havia apresentado uma recuperação na quarta-feira, voltou a cair, com uma perda de quase 2% em relação ao dólar, devido a receios sobre mudanças constitucionais no México após a vitória da candidata governista Claudia Sheinbaum.

Para o economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, essa correção é uma reação à depreciação excessiva dos ativos domésticos nas últimas semanas. Ele acredita que o real estava muito depreciado, em torno de R$ 5,15 e R$ 5,20, apesar do aumento do prêmio de risco doméstico.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a seis divisas fortes, operou em leve queda e se aproximou dos 104,100 pontos no fim da tarde. O euro, por sua vez, ganhou força após o Banco Central Europeu (BCE) elevar as projeções de inflação e não comprometer-se com novos cortes de taxas de juros.

Nos Estados Unidos, as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro se consolidaram acima de 60%, após dados sugerirem uma moderação do mercado de trabalho. O relatório oficial de emprego de maio, a ser divulgado na sexta-feira, será fundamental para definir as apostas em torno da política monetária americana.

Adauto Lima destaca que a sequência de dados mais fracos de atividade nos EUA pode criar espaço para o Fed começar a reduzir os juros em algum momento este ano. Isso pode ajudar a reduzir a pressão sobre as divisas emergentes e o real.

Além disso, uma recuperação da credibilidade do Banco Central do Brasil pode também beneficiar o real, caso haja uma decisão consensual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês.

O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, minimizou a divisão entre diretores do Copom em maio e afirmou que a desancoragem da expectativa de inflação coloca a gestão da política monetária em uma situação mais delicada.

“Estamos indo sem um guidance para a próxima reunião, abertos às possibilidades que existem”, disse Galípolo.

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