Dólar dispara e fecha em R$5,3247 com influência do cenário internacional e desconforto fiscal

O valor do dólar subiu significativamente em relação ao real brasileiro, alcançando R$5,3247 na venda, um aumento de 1,44%. Este é o maior valor desde 5 de janeiro de 2023, quando a moeda foi cotada a R$5,3527. A alta semanal foi de 1,40%.\n\nO contrato de dólar futuro de primeiro vencimento também subiu 1,53%, alcançando R$5,3505 na venda.\n\nO relatório de emprego dos EUA, conhecido como payroll, revelou que foram criadas 272.000 vagas de emprego fora do setor agrícola em maio, superando as expectativas dos economistas. Isso levou a uma reação no mercado, com o rendimento do Treasury de dez anos aumentando e o dólar se fortalecendo em relação a outras moedas, incluindo o real.\n\nA razão por trás desse movimento é que, com juros mais elevados nos EUA, o diferencial de taxas do Brasil se tornará menor, limitando a capacidade do país de atrair capital.\n\nAntes da divulgação do payroll, o dólar à vista estava cotado a R$5,2411, mas após a divulgação, o valor subiu e continuou a subir durante a tarde, influenciado pelo desconforto dos investidores com o cenário fiscal no Brasil.\n\nRumores sobre mudanças no arcabouço fiscal brasileiro também contribuíram para a alta do dólar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria sinalizado a possibilidade de mudanças durante uma reunião com representantes do banco Santander.\n\nNo entanto, Haddad posteriormente negou esses rumores, afirmando que a informação vazada era falsa e muito grave.\n\nO índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana em relação a uma cesta de seis divisas, subiu 0,79% e alcançou 104,930.\n\nO Banco Central também vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de agosto.\n\nA alta do dólar foi uma reação ao fortalecimento da economia dos EUA e ao desconforto com a situação fiscal no Brasil.