O mercado brasileiro está novamente ajustando suas expectativas sobre a inflação, com especialistas prevendo uma alta maior em 2024 e 2025. De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central, a expectativa para a alta do IPCA subiu para 3,90% em 2024 e 3,78% em 2025, em comparação com as expectativas anteriores de 3,88% e 3,77%, respectivamente.
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que o Brasil tem tido surpresas positivas no desempenho do mercado de trabalho, mas alertou que isso pode levar a um processo de desinflação mais custoso e lento.
Para os anos seguintes, as expectativas permanecem estáveis, com uma alta de 3,60% em 2026 e 3,50% em 2027. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou a importância de observar as expectativas de preços futuras na condução da política monetária.
O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A pesquisa semanal com cerca de 100 economistas também mostrou que eles seguem prevendo a taxa básica de juros em 10,25% ao final de 2024, com um último corte de 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária deste mês. A taxa Selic atualmente está em 10,50%.
No entanto, para 2025, as indicações são de menos afrouxamento, com a Selic estimada em 9,25%, em comparação com a mediana das projeções da semana passada de 9,18%.
A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 melhorou em 0,04 ponto percentual, alcançando 2,09%, permanecendo em 2,0% em 2025.