Em Pequim, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, pediu que o bloco de nações Brics assume maiores responsabilidades e se estabeleça como mais inclusivo para o mundo. Essa solicitação ocorre em meio ao aumento de sanções ocidentais e restrições comerciais impostas ao país.
Muitas empresas chinesas enfrentam sanções ocidentais devido ao apoio à guerra da Rússia na Ucrânia. Além disso, a Comissão Europeia está prestes a anunciar tarifas sobre os veículos elétricos chineses para proteger as montadoras europeias.
Este semana, o Grupo dos Sete enviará um aviso duro aos bancos chineses menores para que parem de ajudar a Rússia a escapar das sanções ocidentais.
Wang destacou que a politização das questões econômicas cresceu junto com as sanções unilaterais e as barreiras tecnológicas. Ele fez essas declarações em uma reunião de ministros das Relações Exteriores do Brics em Nizhny Novgorod, na Rússia.
O Brics, que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem como objetivo se contrapor ao domínio ocidental na ordem mundial. Recentemente, o bloco expandiu-se com a adesão de Egito, Emirados Árabes Unidos, Irã e Etiópia.
Wang disse que o Brics ampliado deve transformar o bloco em um novo mecanismo de cooperação multilateral impulsionado pelos mercados emergentes e países em desenvolvimento.
Em uma reunião com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, Wang destacou que a China está disposta a trabalhar com o Brasil para possibilitar um papel maior para o Brics na governança global e salvaguardar os interesses dos países em desenvolvimento.