A partir de amanhã, empresas afetadas pela tragédia no Rio Grande do Sul poderão solicitar crédito em uma das linhas especiais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O anúncio foi feito pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 10.\n\nSeis bancos já confirmaram sua adesão às linhas de crédito, incluindo o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul), o Banrisul, o Bradesco, a Cresol e a Sicredi.\n\nEssas instituições financeiras poderão começar a receber propostas a partir de amanhã, com a liberação dos recursos prevista para 21 de junho. Mercadante destacou a importância de agilizar o processo, pois a demanda é “inédita” para os bancos.\n\nPara ter acesso a esses créditos, os empresários devem ter operações em um dos 70 municípios em estado de calamidade pública e declarar as perdas causadas pelas enchentes. Três linhas de crédito estão disponíveis: para reaquisição de máquinas e equipamentos, para reconstrução de estruturas e para capital de giro.\n\nO valor máximo para máquinas e equipamentos é de R$ 300 milhões, com taxa de 0,6% ao mês; para reconstrução, R$ 300 milhões, com taxa de 0,6% ao mês; e para capital de giro, R$ 400 milhões, com taxa de 0,9% ao mês.\n\nPessoas jurídicas de todos os portes, assim como pessoas físicas como produtores rurais, transportadores e empresários individuais, estão aptas a solicitar esses créditos. O governo fará avaliações semanais para acompanhar o processo.\n\nO BNDES aplicará R$ 15 bilhões nessas linhas de crédito, que terão duração de um ano. Mercadante enfatizou que os recursos precisam chegar às empresas o mais rápido possível.\n\n”Os recursos precisam chegar na ponta o mais rápido possível”, disse Mercadante, que acrescentou que a demanda é “inédita” para os bancos. “Empresários precisam procurar gerentes de forma direta, isso acelerará a liberação.”\n