O setor bancário brasileiro apresenta uma perspectiva promissora, apesar dos desafios macroeconômicos atuais. Segundo um relatório do Bank of America (BofA), os bancos brasileiros possuem uma combinação de receitas diversificadas, financiamento abundante e boa capacidade de controlar custos, tornando-os um refúgio seguro em tempos de mercado volátil.
Os analistas Mario Pierry e Flavio Yoshida destacam que o Banco do Brasil apresentou um desempenho acima do esperado em seu NII anualizado, com provisões superiores ao previsto. Já o Itaú segue em linha com as expectativas, mantendo uma tendência operacional estável.
Além disso, o desempenho ruim das ações no acumulado do ano fez com que as avaliações sejam ajustadas para se alinhar com a média histórica de 10 anos para o Itaú e o Banco do Brasil, e bem abaixo para o Santander e o Bradesco. No entanto, o Bradesco enfrenta desafios de execução, o que impede uma visão mais otimista.
O Santander destaca-se por liderar o processo de expansão da carteira de crédito ao consumidor, com um aumento de 8% na base anual no primeiro trimestre, muito acima dos 3% de seus pares. Isso é visto como um diferencial competitivo importante, permitindo o crescimento com spreads saudáveis e a seleção de clientes com melhor classificação.
As recomendações do BofA incluem compra para o Banco do Brasil com um preço-alvo de R$33, neutra para o Bradesco com um preço-alvo de R$15, compra para o BTG com um preço-alvo de R$40, compra para o Itaú com um preço-alvo de R$38 e compra para o Santander com um preço-alvo de R$34. Além disso, o Banco ABC tem uma indicação neutra com um preço-alvo de R$24 e o Banco Pan também é neutro com um preço-alvo de R$10.