A indústria calçadista brasileira fechou abril de 2024 com 288.280 milhões de empregos, representando uma redução de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No entanto, o setor gerou 7.700 novos postos de trabalho nos primeiros quatro meses do ano, com 1.130 vagas criadas apenas em abril.
O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, expressou otimismo em relação ao desempenho do setor, prevendo um crescimento entre 2,2% e 3,8% no consumo interno de calçados em 2024. Isso deve levar a um aumento na produção entre 0,9% e 2,2% no mesmo período.
Ferreira também destacou a importância da retomada do imposto de importação para remessas de até US$ 50 do e-commerce internacional, que agora é de 20%. Além disso, a manutenção da desoneração da folha de pagamentos em 2024 é vista como uma conquista importante para o setor.
O Rio Grande do Sul continua a ser o maior empregador do setor calçadista no Brasil, absorvendo cerca de um terço da mão de obra nacional. Embora tenha perdido 3,5% de empregos em relação ao mesmo período do ano anterior, o estado gerou mais de 3.000 novos postos nos primeiros quatro meses de 2024.
O Ceará é o segundo maior empregador do setor, seguido pela Bahia. No entanto, ambas as regiões enfrentaram perdas de empregos, com o Ceará perdendo 434 postos e a Bahia, 117. São Paulo, por outro lado, criou 2.820 novos empregos no período.
Ferreira também destacou a necessidade de apoio às empresas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul em maio, solicitando a liberação de créditos para mitigar os danos.