O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, fez uma promessa surpreendente para os trabalhadores britânicos: cortar 17 bilhões de libras em impostos se for reeleito. Essa medida visa reverter a tendência desfavorável nas pesquisas de opinião, que atualmente o colocam cerca de 20 pontos percentuais atrás do Partido Trabalhista.
Sunak apresentou um novo pacote de medidas para conquistar os trabalhadores e os aposentados, financiadas por reduções nos gastos com bem-estar social, combate à evasão fiscal e maior eficiência nos serviços públicos.
O premiê reconheceu que as pessoas estão insatisfeitas com o seu partido e com ele próprio, e que as promessas anteriores foram recebidas com ceticismo. A carga tributária no Reino Unido alcançou o nível mais alto desde a Segunda Guerra Mundial, devido aos choques da pandemia da Covid-19 e dos picos dos preços de energia.
Sunak argumentou que a economia está finalmente se recuperando e que, se reeleito, ele cortará os impostos sobre a folha de pagamento dos trabalhadores para impulsionar o crescimento econômico. Ele acusa os trabalhistas de planejar elevar os impostos para financiar suas promessas, o que o partido de oposição nega.
“Não estou cego para o fato de que as pessoas estão frustradas com o nosso partido e comigo”, disse Sunak no lançamento do manifesto dos conservadores. “As coisas nem sempre foram fáceis e não acertamos em tudo, mas somos o único partido nesta eleição com as grandes ideias para tornar nosso país um lugar melhor para se viver.”
De acordo com o plano, os impostos serão cortados em 17,2 bilhões de libras por ano até 2029/2030, enquanto os gastos com bem-estar social serão cortados em 12 bilhões de libras por ano. Além disso, Sunak prometeu reduzir pela metade o número de imigrantes, construir mais moradias e fornecer apoio financeiro para quem está comprando uma residência pela primeira vez.
No entanto, até o momento, a mensagem de Sunak não conseguiu diminuir a vantagem do Partido Trabalhista. Os conservadores também enfrentam um desafio do partido de direita liderado por Nigel Farage, um dos maiores defensores do Brexit, que prometeu liderar uma “revolta” contra os conservadores.