As taxas de juros no mercado futuro brasileiro estão em desacordo com o cenário internacional, onde os rendimentos dos títulos do Tesouro americano estão caindo e o dólar está se enfraquecendo em relação à maioria das moedas mundiais, exceto o real.
O aumento das taxas de juros no Brasil é atribuído principalmente às preocupações domésticas, como o aumento das especulações sobre a derrota do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na Medida Provisória do PIS/Cofins.
Os rumores de isolamento do ministro se somam às inquietações sobre o quadro fiscal, que carece de alternativas para atingir as metas de receita do governo.
“O governo enfrenta uma crise de credibilidade que deve se refletir em uma piora nos índices de confiança. Além disso, há uma inflação acima do esperado e incerteza quanto à autonomia do Banco Central a partir do próximo ano”, disse o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Junior.
Às 11h30, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) apresentava uma taxa de 10,690%, ante 10,632% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2026 projetava 11,28%, contra 11,19%. A taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 11,66%, de 11,50%. E a taxa de janeiro de 2029 era de 12,08%, contra 11,88% do ajuste anterior.
Essas mudanças refletem a crescente inquietação sobre a situação fiscal do país e as expectativas de aumento nos juros no futuro.